Fique bem informado sobre as mais recentes estatísticas de Segurança do Trabalho área com a nossa seleção de informações do último Anuário sobre Saúde do Trabalhador, publicado pelo DIEESE em 2016.
Os mais recentes dados sobre Segurança do Trabalho foram publicados em 2016 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), entidade que atua no segmento de pesquisas e estudos sobre o mercado de trabalho e de políticas públicas. As informações têm por base o ano de 2014.
1) Número de afastamentos do trabalho aumentou em 10 anos
Em 2014 a quantidade de vínculos formais cujos trabalhadores sofreram afastamento devido a acidentes de trabalho chegou a aproximadamente 557 mil. Esse número representa um crescimento de 23,7% no intervalo de 10 anos. No gráfico abaixo é possível ver a segmentação desse valor em acidentes típicos, acidentes de trajeto e doenças ocupacionais.
2) Região Sudeste lidera em mortes e aposentadoria por invalidez
Em 2014 foram registrados 991 falecimentos por acidente do trabalho em toda região sudeste, representando 52% dos falecimentos desta categoria no país. E os números de aposentadoria por invalidez também são representativos nessa região: foram 2019 registros, que representa 43% dos registros do país. Veja na tabela abaixo a distribuição da quantidade de falecimentos por acidente de trabalho e aposentadoria por invalidez em todas as regiões do país.
Região | Falecimentos | Aposentadoria por invalidez |
Norte | 113 | 152 |
Nordeste | 232 | 545 |
Sudeste | 991 | 2019 |
Sul | 366 | 1336 |
Centro-Oeste | 184 | 621 |
Brasil | 1886 | 4673 |
Tem custado caro pagar indenizações e multas com acidentes do trabalho? Discutimos sobre isso no post “Acidente de Trabalho: como evitar multas e indenizações”.
3) Extração mineral: atividade econômica com maiores taxas de mortalidade
Em 2014 a taxa de mortalidade no setor de extração mineral foi de 9,7 para acidentes típicos e 0,8 para acidentes de trajeto, sendo essa a maior taxa em comparação a outras atividades econômicas como construção civil (7,0 e 2,1 respectivamente), indústria de transformação (2,6 e 1,0 respectivamente). A lista de atividades comparadas pode ser vista na tabela abaixo.
4) Queda no número de empregos formais nos graus de risco médio e alto
Em 2014 foi registrada uma queda de 1,5% na quantidade de empregos formais em locais com graus de risco médio (grau 2) e alto (grau 3), em relação ao ano de 2006. Foi o maior índice registrado em 8 anos, e o gráfico abaixo mostra a distribuição desses números entre os anos de 2006 e 2014.
5) 20 ocupações com mais desligamentos por falecimento
O maior número de desligamentos por falecimento é com motoristas de caminhão, representando 36% das ocorrências deste motivo. Na tabela abaixo é possível ver as 20 ocupações com maior quantidade de desligamentos deste gênero.
Conclusão
Apesar de uma redução de 5% nos registros de acidentes do trabalho num período de 5 anos – foram 1886 falecimentos em 2014 -, ainda é necessário cuidar e melhorar muito a segurança e saúde dos trabalhadores. Afastamentos, mortes e doenças ocupacionais trazem danos para a vida da vítima e sua família. E para a empresa o que pesa são os gastos com multas e indenizações, além da redução da credibilidade no mercado, que é tão competitivo. Ações prevencionistas e identificação de riscos devem ser feitas diariamente. É importante manter os setores engajados a dar maior credibilidade à equipe de segurança do trabalho.
Referências
Anuário da saúde do trabalhador / Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. – São Paulo : DIEESE, 2016.
3 respostas em “5 estatísticas de segurança do trabalho que você não pode deixar de saber”
[…] estatísticas apresentadas no mais recente Anuário da Previdência Social mostram que em 2015 foram registradas […]
[…] do ambiente de trabalho, o que acarreta prejuízos para a vida do trabalhador e para a empresa. Estatísticas mostram que no Brasil mais de 100 mil trabalhadores são afastados anualmente com sintomas de LER, […]
muito boa a informaçao